terça-feira, 9 de julho de 2013

Um Chefe Tirano.... Alguém conhece um?

Chefe tirano. Conhece? 

É comum pensar-se que o próximo passo para um profissional competente é gerir uma equipa. Contudo, apesar de perceber muito do que faz e de ser um excelente profissional a trabalhar sozinho não significa que perceba de pessoas nem que saiba trabalhar em equipa. Sim, porque um chefe também constitui um elemento de uma equipa. Ou deve sê-lo. Quando se nomeia alguém para chefiar uma equipa sem se ter em consideração o seu carácter é meio caminho andado para o insucesso do grupo.

Um chefe tirano não vê os meios para atingir os seus fins - que nem sempre significam os interesses da organização - oprime, mente, chantageia, ofende, é maquiavélico e parece ter como principal objectivo sugar toda a dignidade pessoal e profissional de quem persegue. Os colaboradores ao invés de estarem completamente compenetrados no seu trabalho estão em opressão constante, rígidos e em alerta máxima para o próximo ato de vileza do seu próprio chefe. Como é que um profissional se pode desenvolver quando lhe falta a dignidade humana, quando trabalha num ambiente hostil? 

Um verdadeiro líder é alguém que é seguido voluntariamente, respeitado e admirado pela sua postura e valor e não apenas pelo cargo que ocupa. Um verdadeiro líder é crível. Um chefe tirano nunca chega a ser verdadeiramente um líder. Não é o cargo de chefe que faz um líder, mas sim os líderes que fazem verdadeiros chefes. Um verdadeiro líder trata os outros como gostaria de ser tratado, incute confiança, liberdade, respeito, responsabilidade, autonomia e ainda motiva, exige, ensina e dá o exemplo. 

Será que o facto da nossa sociedade ser cada vez mais competitiva e a luta pela sobrevivência justificam este tipo de comportamentos? Será que no fim este tipo de chefia alcança aquilo que quer ou aquilo que merece? A verdade é que gostamos de estar rodeados pelos nossos semelhantes, por pessoas que partilham os mesmos valores, que são parecidas connosco. Desta forma, aqueles que se cingem por acções pouco transparentes e maléficas rodeiam-se por pessoas que também usam os mesmos jogos de confiança-traição, de aparente união e que não constroem nada sólido. Assim, este tipo de líderes tem um prazo limitado e um percurso descendente. Pelo menos assim espero. Pelo menos é isto que tenho constatado. Mas será que aprendem com os erros e merecem uma segunda oportunidade ou a consciência é algo que nasce connosco, ou se tem ou não se tem?

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