domingo, 19 de maio de 2013

Presidente da Câmara de Abrantes Oculta Motivos para Criação de Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários

A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, declarou aos jornalistas que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Abrantes foi criada como “emanação da sociedade civil” e que não vai haver extinção do corpo de bombeiros do concelho.
Se é mesmo esse o caso e se é mesmo por vontade da sociedade civil, a Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP) questiona a senhora presidente da câmara de Abrantes porque é que o município vai gastar o mesmo orçamento com esta Associação Humanitária que tem com os Bombeiros Municipais, bem como todo o seu património passar para esta nova Associação Humanitária? 
A autarca afirma ainda que os bombeiros profissionais ao serviço dos Bombeiros Municipais podem passar para a associação, sem perderem o vínculo à autarquia e as regalias que têm e os que não quiserem integrar este novo corpo de bombeiros podem ser integrados no município. Mas o que a presidente de câmara não diz agora é que “ameaçou” os bombeiros profissionais que não quiserem integrar o novo corpo de bombeiros voluntários, passam para o regime de mobilidade interna e integram qualquer outro serviço da câmara. E que estes profissionais vão perder direito à carreira e à progressão na carreira.
O que a presidente de câmara não diz é que foi a autora da ideia de criar este novo corpo de bombeiros, que ainda não foi autorizado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, e que a direcção desta Associação Humanitária é composta por membros do Partido Socialista local, ou seja, o mesmo partido da autarca e dois dos sócios fundadores são o actual presidnete da Assembleia Municipal e o comandante dos Bombeiros Voluntários de Constância, com quem a câmara de Abrantes tinha um protocolo.
Quais são as vantagens para a população que, assim, fica sem um corpo de bombeiros municipais, sob a tutela do município, e passa a ter uma Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários subordinada a uma direcção sem controlo da câmara?
Se a presidente da Câmara quer aumentar as forças de segurança, diga-se bombeiros, e criar um Corpo de Bombeiros Voluntários com profissionais com 15 a 30 anos de carreira e uma corporação que tem 160 anos?

A direcção da ANBP/SNBP

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